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Desempregados vão ter gestor de carreira

23 fev, 2012

Ministro da Economia diz que o objectivo é "permitir um acompanhamento contínuo dos desempregados".

Desempregados vão ter gestor de carreira
Álvaro Santos Pereira anunciou hoje que os desempregados inscritos nos centros de emprego vão ter um gestor de carreira para facilitar o regresso ao mercado de trabalho. O Governo quer ainda aumentar em 50% o número de colocações de trabalhadores desempregados até 2013.

A medida insere-se no Programa de Relançamento do Serviço Público de Emprego, hoje aprovado em Conselho de Ministros, e visa "permitir um acompanhamento contínuo dos desempregados pelo mesmo técnico", evitando novas dificuldades sempre que se desloca a um centro de emprego, adiantou o ministro da Economia no final da reunião.

Álvaro Santos Pereira disse ainda que a rede de centros de emprego vai ser reestruturada e sujeita a fusões para se tornar "mais ágil" e que vão ser reduzidos 150 cargos dirigentes, "que vão passar a desempenhar tarefas técnicas de apoio e ter um contacto mais próximo com os desempregados".

O programa prevê também aumentar em 20% o número de ofertas captadas pelo centro de emprego e aumentar em 50% o número de colocações de trabalhadores desempregados até 2013, o que corresponde a um aumento de cerca de três mil colocações por mês.


Equipa de Bruxelas a caminho de Portugal
A equipa de acção europeia de combate ao desemprego jovem partiu hoje para Portugal, que regista uma taxa de 34,5% de população jovem sem trabalho. A sua missão é arranjar soluções para o problema.

A situação portuguesa, segundo a Comissão Europeia, deve-se principalmente "à segmentação do mercado de trabalho, ao baixo nível das qualificações ou a uma grande percentagem de desemprego de longa duração entre os mais jovens".

A equipa enviada por Bruxelas vai trabalhar em estreita colaboração com peritos nacionais para avaliar como podem ser usados no combate ao desemprego entre os jovens os 14% de fundos estruturais europeus que estão por atribuir.

Bruxelas apresenta como exemplos de medidas de curta duração a promoção de estágios profissionais em áreas "relevantes para o mercado de trabalho", o apoio ao auto-emprego, o desenvolvimento de estratégias para reduzir o abandono escolar precoce ou a reforma da legislação laboral.