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Conjuntura

Fazemos “mudanças por nós e não por vós”, diz Passos à “troika”

21 jan, 2012

Primeiro-ministro considera "vital" reformar o país e pede empenho a todos.

Fazemos “mudanças por nós e não por vós”, diz Passos à “troika”
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerou hoje "vital" para o futuro do país o sucesso na aposta nas reformas estruturais e defendeu haver na sociedade portuguesa um elevado consenso em relação à necessidade de mudanças para uma nova economia.

"Estamos a fazer estas mudanças por nós e não por vós", disse o líder do Executivo, dirigindo-se aos representantes da “troika”- Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) - presentes na conferência sobre reformas estruturais, no Liceu Pedro Nunes, em Lisboa.

Pedro Passos Coelho defendeu que existe na sociedade portuguesa "um consenso alargado" em relação à necessidade das reformas e considerou "vital" o sucesso da aposta nas mudanças estruturais.

"Temos de dar um salto de exigência, todos, Governo, sociedade civil, empresas e cada cidadão por si", advertiu, num discurso em que advogou haver "consistência" no que respeita aos mais recentes resultados macroeconómicos, apesar do actual quadro de incerteza internacional.

Passos Coelho considerou ainda que a legislação laboral, que vai sair do acordo de concertação social, é mais favorável à criação de emprego. Para o primeiro-ministro, um dos grandes obstáculos à diminuição do desemprego são precisamente as regras actuais do mercado de trabalho.

O chefe de Governo reconheceu ainda que o actual quadro legal é adverso aos empresários, sublinhando que “há contradições na nossa vida económica que precisam urgentemente de ser removidas”, para que se possa criar um ambiente económico de maior “estabilidade e previsibilidade”, capaz de captar investimento.