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Há uma nova burla relacionada com o BPN

09 nov, 2011 • Celso Paiva Sol

Caso envolve pagamento de cinco milhões de euros por artefactos falsos.

Há uma nova burla relacionada com o BPN
Em mais uma investigação autónoma que resulta do inquérito global ao Banco Português de Negócios (BPN), a Polícia Judiciária identificou dois comerciantes de arte que venderam ao banco objectos supostamente de elevado valor histórico e arqueológico. Veio-se a provar serem simples antiguidades.

O banco de Oliveira e Costa pagou 5,2 milhões de euros por algumas dezenas de peças, anunciadas como sendo de vários períodos da antiguidade, sobretudo da Mesopotâmia e do Egipto.

O alegado acervo de artefactos foi sugerido ao banco por dois homens bem conhecidos no mercado de arte nacional e depois vendido, naquilo que a Judiciária considera ser um crime de burla qualificada.

Este caso, tal como vários outros que já foram ou ainda serão julgados, resulta da investigação global que foi feita ao BPN e foi autonomizado através da extracção de uma certidão do processo principal.

Os alegados burlões foram visitados na semana passada pelos inspectores da Judiciária, que ao todo realizaram oito buscas domiciliárias, tendo sido notificados para comparecerem no Tribunal Central de Instrução Criminal. Saíram em liberdade, apenas proibidos de saírem do país e de manterem contacto entre si.

Nas buscas, a Judiciária procedeu ao arresto de um imóvel e apreendeu dois automóveis e 15 armas de fogo que um dos arguidos tinha na sua posse, em situação irregular.