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Solidariedade anónima. Ricardo chegou a ser agredido, mas não desiste

31 ago, 2015

No Dia Internacional da Solidariedade, a Renascença foi conhecer um caso concreto de quem se emociona ao falar das pessoas que ajuda.

“Comecei a levar lá carne, depois a fazer as compras e ia levar”, conta Ricardo João, um comerciante do Algarve. A profissão fá-lo aperceber-se melhor das dificuldades por que passam muitas famílias.

As compras – na maioria carne enlatada – destinavam-se à casa de Márinho, um septuagenário que vive com a sua esposa e mais dois filhos deficientes. Ao longo de quatro anos, é Ricardo João que deu assistência à família.

Numa das ocasiões, deparou-se com dois desconhecidos a extorquir dinheiro ao casal idoso e foi agredido. O episódio quase lhe custou a vida.

“Um estava encapuzado e outro não. Tive de ir parar ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e estive lá internado quatro dias com 14 pontos na cabeça. Partiram-me o maxilar”, conta à Renascença.

Ainda assim, Ricardo continua a prestar apoio a quem precisa. Porquê? “Sinto-me bem. Estou-me a arrepiar do que estou a dizer…", diz. E emociona-se.

Esta segunda-feira, assinala-se o Dia Internacional da Solidariedade.