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Autarca pede obras na Linha da Beira Alta

04 ago, 2015 • Liliana Carona 

Um incêndio de grandes dimensões, ocorrido em Junho, na zona de Abrunhosa-a-Velha, concelho de Mangualde, obrigou ao corte da linha ferroviária e deixou um rol de vestígios de destruição, nomeadamente nos passadiços, onde as madeiras se tornaram carvão e onde os pregos estão soltos.

Autarca pede obras na Linha da Beira Alta
O presidente da Junta de Freguesia de Abrunhosa-a-Velha, aldeia do concelho de Mangualde que abrange o território de Gouveia-Gare, reclama obras urgentes na Linha da Beira Alta, em particular no troço que passa pela freguesia.

De acordo com Eduardo Albuquerque, um incêndio de grandes dimensões ocorrido no final de Junho, que obrigou ao corte da linha ferroviária, deixou um rol de vestígios de destruição, nomeadamente nos passadiços, onde as madeiras se tornaram carvão e onde os pregos estão soltos.

“Demos conta da situação à Refer há um mês, na altura dos incêndios, ainda não tivemos resposta. Esta não foi a primeira vez. A Refer tem que estar atenta às situações, porque causam transtorno. Dá para ver que não está nas melhores condições", relata o presidente da junta, realçando que "vê-se os pregos soltos, o que faz com que as madeiras se soltem e fiquem a um desnível que não é apropriado".
 
"A nossa estação, a de Gouveia Gare, é das piores travessias da linha da Beira Alta”, sublinha o autarca.

Os passageiros olham para a linha ferroviária e reparam nos passadiços em carvão. Rui Ramos, 66 anos, é de Lisboa, está de passagem pela região e à espera de comboio na estação de Gouveia Gare. Nota que “podiam fazer uma coisa mais bem feita".

"Não acho que esteja muito bem, as condições são muito deficientes e as inspecções não são feitas como antigamente, havia mais rigor hoje não há verba, é a desculpa habitual”, diz o utente da linha.

Na semana passada, a Linha da Beira Alta registou o quarto acidente no espaço de um ano. O presidente da Junta de Abrunhosa-a-Velha teme que haja novos acidentes, se nada se fizer.