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Quase metade dos cursos superiores proibidos de aumentar vagas

28 mai, 2015

Lista com dos cursos com mais desemprego já seguiu para as universidades. Os reitores garantem não haver motivo de preocupação, mas defendem mais informação sobre empregabilidade.

Quase metade dos cursos do Ensino Superior não vai poder aumentar vagas no próximo ano. São 454 num universo de 1.010 licenciaturas, mais 26 do que no actual ano lectivo.

Os números são avançados pelo “Diário Económico”. O jornal escreve que já chegaram às universidades os dados disponibilizados pelo Governo sobre os cursos que têm taxas de desemprego acima da média nacional e acima da média registada na própria instituição de ensino superior.

A informação não preocupa o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesa (CRUP). Em declarações à Renascença, o presidente António Cunha diz que, em muitos casos, as próprias universidades já não pretendiam aumentar as vagas.

“Não é uma situação que preocupe os responsáveis das universidade, até porque provavelmente em muitos desses cursos os responsáveis do ensino superior que os oferecem provavelmente não iriam aumentar o número de vagas”, afirma.

António Cunha contesta, no entanto, a metodologia estabelecida para a definição dos cursos que não podem aumentar as vagas. “Pensamos que isso deveria ser feito mais numa base de dar às famílias e aos estudantes informação muito transparente e comparável entre aquelas que são as possibilidades de emprego e as expectativas de emprego dos diferentes dos cursos”.

No despacho de vagas no ensino superior publicado a 20 de Abril, em “Diário da República”, mantém-se a proibição de abertura de cursos que em anos anteriores tenham tido menos de dez alunos inscritos. O Ministério da Educação e Ciência quer uma maior aposta em cursos relacionados com as Ciências da Vida, Matemática e Informática.