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Mau tempo destrói mais de metade de produção de cereja de Resende

05 mai, 2015

A apanha da cereja já tinha começado, mas grande parte da produção ainda estava nas árvores atingida por ventos fortes.

Mau tempo destrói mais de metade de produção de cereja de Resende

O mau tempo registado na segunda-feira destruiu entre 60 a 70% da cereja do concelho de Resende, no norte do distrito de Viseu, revelou um produtor.

"Esteve um vento bastante forte e destruiu-nos uma grande parte da produção de cereja deste ano, se calhar entre 60 a 70%. Isto só visto", afirmou à agência Lusa o presidente da associação de promoção CER Resende – Cerejas de Resende, Rogério Silva.

As primeiras cerejas de Resende a serem colhidas são as da zona ribeirinha ao Douro e, só mais tarde, as da zona serrana.

O microclima duriense dá à cereja de Resende uma das suas principais vantagens, que é a de conseguir chegar ao mercado duas semanas antes do que a do resto do país. "Na parte ribeirinha já se andava a apanhar cereja, na parte serrana ela ainda estava mais verde", explicou.

A chuva já tinha rachado a cereja da parte ribeirinha "e agora, na parte serrana, que estava mais serôdia, ainda estava verde, veio o vendaval e destruiu entre 60 a 70%".

Rogério Silva, que é um dos maiores produtores de cereja do concelho, considerou que, além da perda da produção deste ano, o vendaval de segunda-feira deixará consequências para os próximos anos, porque houve "árvores que ficaram danificadas".

"O vento bateu muito e secou a ponta e isso é grave para o futuro", frisou.

O presidente da CER Resende contou que esteve com outros produtores de cereja que estão muito preocupados e "um pouco indignados com a natureza".