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Mais 17 equipas para combater os incêndios

30 mar, 2015

Governo conta gastar mais de 80 milhões de euros.

Mais 17 equipas para combater os incêndios

O dispositivo de combate a incêndios florestais vai ser este ano reforçado com mais 17 equipas e terá um custo de mais de 80 milhões de euros, anunciou esta segunda-feira o comandante operacional nacional, José Manuel Moura.

Em conferência de imprensa de apresentação do "Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECI)", que decorreu na Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), o comandante José Manuel Moura adiantou que, este ano, o distrito de Viana dos Castelo vai ser reforçado com mais três equipas de intervenção permanente.

A época mais crítica de incêndios florestais, que decorre entre 1 de Julho e 30 de Setembro, vai este ano contar com um total de 2.234 equipas, 2.050 veículos, 9.721 operacionais e 49 meios aéreos, um dispositivo idêntico ao de 2014.

O comandante operacional nacional explicou que o reforço de 17 equipas de combate a incêndios florestais está relacionado com a capacidade instalada nos corpos de bombeiros.

"Esta foi a disponibilidade demonstrada no território nacional para podermos aumentar o dispositivo e só foi possível em 17 corpos de bombeiros", disse, adiantando que o reforço de três equipas permanentes no distrito de Viana do Castelo deve-se à dificuldade em recrutar bombeiros nesta região, que tem necessidade de exportar ajuda de outros distritos.

Na apresentação do dispositivo operacional, o secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, revelou que o Governo estima gastar um pouco mais de 80 milhões de euros durante a época de incêndios de 2015.

Esse é o ponto de partida, sendo certo que com os fogos florestais nunca se sabe realmente quanto será preciso gastar.

“Qualquer dispositivo de combate a incêndios florestais tem uma componente variável bastante razoável, que tem a ver com aquilo que venha a ser o empenhamento de meios. No ano passado, tivemos uma perspectiva inicial superior a 78 milhões de euros e tivemos uma execução na casa dos 72 milhões de euros”, exemplificou João Almeida.

A ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, garante que não houve poupanças na montagem deste dispositivo, que foi pensado de acordo com os padrões mais exigentes.

Em 2014, o total da área ardida foi de 19.867 hectares, o segundo valor mais baixo dos últimos 35 anos, e registaram-se 7.186 ocorrências de fogo, o valor mais baixo dos últimos 25 anos.

[notícia actualizada às 19h47]