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Douro lança rede mundial de Património da Humanidade

26 mar, 2015 • Olímpia Mairos

O projecto “World Generation” vai avançar com a criação de uma rede de cooperação entre regiões Património Mundial que se espalham pelo mundo, através de um conjunto de actividades e eventos realizados em parceria.

Douro lança rede mundial de Património da Humanidade
A associação “Douro Generation” vai lançar um “projecto-piloto” que ambiciona revolucionar, preservar, valorizar e promover os sítios classificados pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade.

O projecto denomina-se “World Generation” e vai criar uma rede de cooperação entre regiões Património Mundial que se espalham pelo mundo, através de um conjunto de actividades e eventos realizados em parceria.

“A nossa ideia é pôr vários bens culturais, a nível mundial, em contacto”, refere António Martinho, presidente da Douro Generation, frisando que o objectivo é “promover o intercâmbio tecnológico, científico, educacional, cultural e ambiental, favorecer a partilha de boas práticas, proporcionar o encontro entre os países e fomentar o trabalho em rede, valorizar os recursos endógenos e dinamizar actividades económicas e sociais”.

A rede de cooperação a estabelecer será entre Portugal, Áustria, Espanha, França, Hungria, Itália e Suíça, no continente europeu, e contempla outros países como Brasil, Cabo Verde, China, Filipinas, Índia e Moçambique.

Numa primeira fase do projecto, vão realizar-se no Douro Património Mundial da UNESCO desde 2001 um conjunto de acções que visam “fomentar a preservação, a valorização e promoção da riqueza histórica, cultural, ambiental e socioeconómico”.

Douro em debate
A primeira iniciativa da associação “Douro Generation” tem lugar no sábado, no Morgadio da Calçada, em Sabrosa e faz parte de um ciclo de encontros de reflexão sobre o Douro. Conta com a parceria da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Ao todo serão quatro encontros subordinados aos temas “O Douro em mudança”, “Patrimónios e Recursos Durienses”, “O Douro e o turismo” e as “Políticas e as instituições do Douro”.

“O espírito dos Encontros é, sobretudo, debater o Douro no Douro, de uma forma muito informal, juntando cerca de 25 a 30 pessoas em cada encontro”, diz à Renascença o vice-reitor para o Planeamento, Estratégia e Organização da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Artur Cristóvão.

“É tentar gerar uma consciência mais alargada dos desafios do Douro, dos problemas, dos progressos, dos projectos necessários, porque ao aproximar as pessoas gera-se mais capacidade de trabalho e criam-se sinergias”, reforça.

Os Encontros de Reflexão sobre o Douro é uma reedição de “O Douro em debate - Encontros na Casa da Calçada”, que se realizou entre 1998 e 1999.