04 mar, 2015
Os trabalhadores da fábrica de peças de automóveis, que ardeu no Carregado, temem pelos seus postos de trabalho.
Apesar do pavilhão onde funcionava a Dura Automotive Portugal estar totalmente destruído, muitos colaboradores compareceram esta manhã no local. A Renascença falou com alguns que, de lágrimas nos olhos, garantiam não ter indicações sobre a continuidade dos seus empregos.
A empresa foi atingida por um incêndio que começou quarta-feira à noite nas instalações da empresa Caetano Coatings (que já pertenceu ao grupo Salvador Cetano). Neste caso a destruição foi parcial e, de acordo com informação prestada pela autarquia de Alenquer, os postos de trabalho estão garantidos. A administração da empresa prevê colocar os trabalhadores noutras secções da empresa.
Há registo de oito feridos ligeiros, incluindo três bombeiros. No local estiveram 139 operacionais e 51 veículos de corporações do distrito de Lisboa. O incêndio ficou dominado por volta das 22h00.
Esta foi a segunda vez em seis meses que a fábrica de montagem de componentes automóveis da Dura Automotive Portugal, no Carregado, foi atingida pelo fogo.
Em Setembro de 2014, a unidade, localizada no concelho de Alenquer, foi atingida por um fogo que começou com uma explosão num quadro eléctrico. Além dos estragos, fez dois feridos, um deles grave.
Passados seis meses, a fábrica do fornecedor mundial de componentes de automóveis voltou a ser consumida pelas chamas.
Incêndio começou na secção de pinturas
Um problema numa máquina da secção de pinturas da fábrica Caetano Coatings terá estado na origem do incêndio, adiantou o comandante da Protecção Civil de Alenquer.
Rodolfo Baptista explicou à agência Lusa que o fogo começou "numa das máquinas da secção de pintura" da Caetano Coatings, no Carregado, e que entre as causas poderá estar um curto-circuito que, para já, não pode confirmar.
Por ter material altamente inflamável, o fogo alastrou até à fábrica vizinha, também de componentes de automóveis, a Dura Automotive Portugal.
No interior de ambas, localizadas no complexo industrial do Grupo Salvador Caetano, estariam 120 trabalhadores, que conseguiram sair a tempo.
[notícia actualizada às 12h22]