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Detidos da "Operação Labirinto" ficam em prisão domiciliária

25 nov, 2014

O ex-director nacional do SEF e a ex-secretária-geral do Ministério da Justiça já saíram dos estabelecimentos prisionais onde se encontravam desde dia 18. Jaime Gomes também vai esta terça-feira para casa.

Detidos da "Operação Labirinto" ficam em prisão domiciliária
O ex-director nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Jarmela Palos, e a ex-secretária-geral do Ministério da Justiça, Maria Antónia Anes, vão para casa esta terça-feira em prisão domiciliária com pulseira electrónica, disse à agência Lusa fonte dos serviços prisionais.

O outro dos arguidos do caso dos vistos “gold”, Jaime Gomes, sócio-gerente da empresa JMF Projects & Business, também sai esta terça-feira do Estabelecimento Prisional anexo à Polícia Judiciária, em Lisboa, para ficar em prisão domiciliária.

Fonte dos serviços prisionais adiantou que Manuel Jarmela Palos, em prisão preventiva desde o dia 18, saiu do Estabelecimento Prisional de Évora para cumprimento da prisão domiciliária decretada pelo Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC).

Maria Antónia Anes estava também em prisão preventiva, mas no Estabelecimento Prisional de Tires.

No âmbito da "Operação Labirinto", relacionada a aquisição de vistos “gold”, 11 pessoas foram detidas e permanecem em prisão preventiva dois arguidos, o presidente do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), António Figueiredo, e o empresário chinês Zhu Xiaodon.

Em causa estão eventuais crimes de corrupção activa e passiva, recebimento indevido de vantagem, prevaricação, peculato de uso, abuso de poder e tráfico de influência.

Na semana passada, a nova ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, exonerou o director nacional do SEF, após Manuel Jarmela Palos ter pedido a demissão do cargo, que ocupava desde 2005.

Também a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, exonerou o presidente do Instituto de Registos e Notariado e a secretária-geral do Ministério da Justiça.

Na sequência deste caso, Miguel Macedo demitiu-se do cargo de ministro da Administração Interna, alegando que a sua autoridade tinha ficado diminuída com o envolvimento de pessoas que lhe são próximas nas investigações.