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IPO do Porto obrigado a adiar cirurgias por falta de camas

29 out, 2014

A situação mais preocupante regista-se nos casos de reconstrução mamária, onde o tempo de espera chega quase aos quatro anos.

A falta de camas para os doentes tem levado ao adiamento de cirurgias no  Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, disse à RTP o presidente do conselho de Administração da unidade, Laranja Pontes.
 
O responsável diz que são as restrições orçamentais que impedem o aumento do número de camas na unidade.

No IPO do Porto estão instaladas 350 camas, mas são cada vez mais as pessoas que esperam por uma cirurgia, problema que afecta, principalmente, quem sofre de cancro da mama, próstata e aparelho digestivo.

“Temos mais doentes acumulados em situações paliativas ou em complicações pós-cirúrgicas, o que leva a que haja falta de camas. Temos de adiar alguns doentes por uns dias”, disse  Laranja Pontes.

“Não abro mais camas porque não tenho condições para isso. Queria ter um contrato com o Ministério da Saúde mais substancial e, neste momento, aquilo que nós sabemos é que não há muita disponibilidade”, desabafou o responsável do IPO do Porto.

A situação mais preocupante, de acordo com as declarações do médico, regista-se nos casos de reconstrução mamária, onde o tempo de espera chega quase aos quatro anos.