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Câmara de Lisboa atribui inundações a chuva atípica

14 out, 2014

Intensidade da chuva desta segunda-feira foi superior a 22 de Setembro, "o último episódio semelhante na cidade", refere a autarquia liderada por António Costa.

Câmara de Lisboa atribui inundações a chuva atípica
Já não é novidade para os lisboetas. Esta segunda-feira, uma hora de chuva intensa voltou a causar diversas inundações em vários pontos da capital. Nas redes sociais, alguns internautas mostraram, com diferentes perspectivas, os estragos feitos pelo mau tempo em vários pontos da cidade de Lisboa.

A Câmara de Lisboa atribui as inundações desta segunda-feira à elevada precipitação, que classificou de atípica, defendendo que embora possa haver aspectos a melhorar as sarjetas e sumidouros se encontravam limpos. 
 
"A intensidade da chuva hoje [segunda-feira] foi superior a 22 de Setembro, o último episódio semelhante na cidade", disse à agência Lusa o vereador dos Espaços Públicos e Higiene Urbana, Duarte Cordeiro. 
 
"Dificilmente uma cidade aguentaria, independentemente do suporte que tivesse ou não para drenar as águas", afirmou, acrescentando houve "um rápido restabelecimento da normalidade", assim que terminou de chover.  

Plano de drenagem "em marcha"
O vereador admitiu ser importante para a câmara a existência de um plano de drenagem, indicando que este instrumento "tem estado em marcha". 
 
Considerou, porém, que situações como as provocadas pelas fortes chuvas desta segunda-feira à tarde não seriam colmatadas "só pela existência de um plano de drenagem". 
 
O responsável frisou que condições meteorológicas como a que provocou inundações em vários pontos da cidade têm "um grau de excepcionalidade" que, independentemente da existência de um plano de drenagem ou de alguma melhoria, "existiriam sempre". 
 
No que diz respeito à limpeza das sarjetas e sumidouros o vereador disse que pode haver circunstâncias em que não estão devidamente limpos, mas insistiu que na generalidade dos casos não foi esse o motivo das inundações. 
 
"O que se verificou foi uma intensidade muito significativa de chuva e obviamente as condutas e os colectores de suporte à cidade não aguentaram o volume de água que naquele preciso momento circulava", sustentou. 
 
"Estas situações não eram só por si ultrapassáveis pela existência de um plano de drenagem", acrescentou. 
 
A oposição na Câmara de Lisboa voltou esta segunda-feira a criticar o presidente da autarquia, António Costa, pelas inundações registadas durante a tarde, denunciando falta de limpeza das sarjetas e exigindo que o plano de drenagem avance.

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