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Mau começo do ano lectivo pode obrigar a adiar época de exames

11 out, 2014

A Confap diz que “não vai ser fácil” encontrar tempo no dia dos alunos para aulas de compensação. Será necessário um esforço das famílias.

Não vai ser fácil recuperar o tempo perdido.

Depois do Ministério da Educação ter garantido aulas de compensação aos alunos que estiveram sem professores, a Confederação de Pais alerta para a necessidade de se vir a adiar a datas dos exames nacionais.

Jorge Ascensão admite que alguma coisa tem de ser feita mas é preciso ir acompanhando as dificuldades que vão ser criadas aos alunos devido à sobrecarga horaria a que vão ser sujeitos: “É necessário tentar recuperar tempo perdido. Não vai ser fácil. Os alunos já estão a começar as avaliações e precisam de tempo para o seu estudo, mas alguma coisa tem de ser feita e vejo isso como possível.”.

Uma das possibilidades poderá ser o adiamento da época de exames: “Provavelmente no final do primeiro período será preciso reavaliar o calendário e perceber se não é preciso mexer no mesmo para adiar a avaliação.”

Entretanto, explica Jorge Ascensão, será necessário muito esforço para encontrar tempo para compensar o mau arranque. “O dia só tem 24 horas, já têm uma carga muito pesada e este vai ser um factor que vai dificultar ainda mais o trabalho dos que têm de recuperar, é preciso um esforço acrescido das famílias e das escolas para encontrar a forma de minimizar um prejuízo causado por este arranque do ano lectivo.”

O Ministério da Educação quer garantir aulas de compensação aos estudantes que estiveram sem professores.

O Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário vai reunir na próxima semana com os directores das escolas para implementar a decisão.

Aulas de compensação, só diluídas no tempo
Os directores de agrupamentos escolares vão dizer, para a semana, ao Ministério da Educação quando se reunirem para definir aulas de substituição para os alunos que estiveram sem professores, que estas devem ser diluídas no tempo.

Filinto Lima diz á Renascença que a medida faz sentido, se for aplicada ao longo de todo o ano lectivo: “Esta solução deverá ser levada à prática de uma forma diluída. Espero que não pensemos que vamos dar as vinte aulas que o aluno perdeu, durante uma semana, é errado. Tem de ser diluído ao longo do ano todo. Nem podemos esperar só pelo último trimestre”.


[Notícia actualizada às 13h35]