03 out, 2014
O Ministério da Educação já revelou as novas listas de professores colocados e calcula que serão cerca de 400 os docentes afectados pelas novas colocações e 150 os que ficam de fora das listas, publicadas na sexta-feira.
É o que se depreende da nota do gabinete de Nuno Crato enviada esta sexta-feira às redacções. No texto diz-se que menos de 0,8% dos 110 mil professores integram as novas listas. Destes, menos de metade terão a sua colocação alterada. Contas feitas, serão cerca de 400.
O ministério sublinha tratar-se de uma minoria do total de docentes das novas listas. Mas, à Renascença, o presidente da Associação Nacional dos Professores Contratados, César Paulo, duvida que assim seja: "É impossível ser uma minoria afectada. É impossível que a maioria não seja realmente esmagadora".
Coincidindo com a data de divulgação das novas listas de professores, resultado do novo segundo concurso, depois dos erros detectados no processo inicial, o Ministério da Educação enviou às escolas esta sexta-feira uma ordem de anulação das colocações anteriores.
César Paulo diz que as dúvidas sobre o que irá acontecer ao nível de substituição de professores já colocados nas escolas estão a criar "pânico" entre os docentes.
"[Os professores] nem percebem muito bem em que escola estão, se vão aceitar a segunda reserva de recrutamento, se vão aceitar esta nova bolsa, se é que já estavam colocados na bolsa anterior. Está uma total confusão nos concursos de professores este ano", descreve César Paulo, que considera que "nunca foi vista" tal situação.
"O ministro, a única coisa que pode fazer, é tornar públicas as listas de colocação do passado dia 12, tornar públicas as listas de colocação divulgadas hoje [sexta-feira], para que os professores possam cruzar os dados e perceber se as listas foram corrigidas. Ou então, repito, as listas deverão ser imediatamente retiradas", avisa.
A nota do Ministério da Educação afirma que as colocações da nova lista produzerm efeitos desde 1 de Setembro, incluindo no que toca à remuneração. Nada explica, contudo, sobre a forma como irão decorrer os casos em que os professores irão ser substitudos.
Os docentes que tenham tido dupla colocação na bolsa de contratação de escola e na reserva de recrutamento têm até à meia-noite da próxima segunda-feira para optarem pelo horário da sua preferência.