Verão "estragou" a vida aos produtores de castanha
23 set, 2014 • Olímpia Mairos
Por causa das temperaturas baixas e excesso de chuva, a produção de castanha no concelho de Vila Pouca de Aguiar poderá sofrer quebras na ordem dos 80%.
A produção de castanha, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, pode sofrer quebras na ordem dos 80%, devido às “temperaturas baixas” e ao “excesso de chuva”, que “estão a atrasar a produção de castanha”, diz à Renascença o presidente da Associação Florestal e Ambiental de Vila Pouca de Aguiar ( Aguiarfloresta).
Duarte Marques revela que se regista “um atraso considerável da produção” e alerta para a possibilidade de “não haver uma maturação dos frutos adequada ao seu aproveitamento”. A confirmarem-se as previsões, “os prejuízos são muito significativos, de vários milhares de euros”.
No concelho de Vila Pouca de Aguiar, são mais de 1.500 as famílias que se dedicam à produção de castanha e, se para uns a actividade é um "extra" no rendimento do agregado familiar, para outros, é o principal meio de subsistência.
Prejuízos em quase todas as culturas O verão frio e chuvoso afectou outras culturas como a vinha, a horticultura, a floricultura e nem a produção de mel escapou ao clima.
O presidente da Aguiarfloresta explica que “o tempo frio impediu as abelhas de aproveitarem a floração de uma forma ampla, como em anos anteriores”, e que as “quebras na produção são significativas”.
Em relação aos produtos hortícolas e à fruta, foram registados “atrasos” e a floração foi afectada “com consequências a nível da produção”.
“O tempo tem sido nefasto às produções”, conclui Duarte Marques.