As
inundações desta segunda-feira em Lisboa podiam ter sido minimizadas. O vereador da Protecção Civil da Câmara de Lisboa e o coordenador da Protecção Civil apontam o dedo à falta de um pré-aviso por parte do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
"O que se registou foi uma forte precipitação e uma precipitação que as autoridades nacionais não nos transmitiram", disse o vereador Carlos Manuel Costa, em declarações aos jornalistas. “A cidade teve de se prevenir à última da hora porque não houve qualquer aviso”.
O vereador explicou que foi a conjugação da falta de um alerta e a preia-mar registada durante a tarde que resultaram nas fortes inundações em várias zonas de Lisboa.
Manuel Ribeiro, coordenador da Protecção Civil de Lisboa, também contou que os serviços estavam "à espera que houvesse uma comunicação em termos de pré-aviso de um aviso laranja", que não chegou.
"Tivemos de reagir como reagimos, rapidamente. A situação que se verificou com esta precipitação foi de uma ordem muito significativa entre as 13h00 e as 15h00 que causou todos estes problemas", disse Manuel Ribeiro.
Carlos Manuel Costa adiantou que os Bombeiros Sapadores de Lisboa receberam mil chamadas e registaram 157 inundações. Assegurou, contudo, que a situação caminha para a normalidade, nomeadamente no que toca à circulação automóvel na Praça de Espanha e em Sete Rios.