Reitores aguardam por garantias do ministro antes de entregarem orçamentos
22 ago, 2014
Prazo para todos os organismos públicos comunicarem previsões de receitas e despesas, para a elaboração do Orçamento do Estado de 2015, termina à meia-noite.
Ainda à espera de garantias do Ministério da Educação, os reitores não avançam com as suas propostas para o próximo ano. A indicação foi dada pelo conselho de reitores, esta sexta-feira, poucas horas antes do fim do prazo para todos os organismos públicos comunicarem à tutela as previsões de receitas e despesas, para a elaboração do Orçamento do Estado de 2015.
Em declarações à Renascença, o reitor da Universidade Aberta confirmou que ainda não enviou a sua proposta porque necessita de uma garantia por parte do ministro Nuno Crato.
“Depois das decisões do Tribunal Constitucional, naturalmente há outros encargos que são atribuídos às universidades e esses implicam que a o estabelecimento entre em défice. Face a isso é necessário ver uma posição clara da parte da tutela relativamente a esta matéria”, explicou Paulo Dias.
O reitor indica que no ano passado a Universidade Aberta recebeu um pouco mais de nove milhões de euros e que de mais. “Era necessário um reforço na ordem de um milhão e qualquer coisa para conseguir ultrapassar as dificuldades de salários", disse.
A Universidade Aberta é uma instituição pública de ensino à distância com 137 docentes, cerca de mil alunos e actua em 31 países.
A proposta de dotação financeira do Estado para o ensino superior para o próximo ano prevê um corte global até 1,5%, representando para os cofres das universidades e dos politécnicos a entrada de 661 milhões e 280 milhões de euros, respectivamente.
O prazo para todos os organismos públicos comunicarem à tutela as previsões de receitas e despesas, para a elaboração do Orçamento do Estado de 2015, termina à meia-noite.