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Quercus reforça críticas ao projecto do Alqueva

29 jul, 2014

Os ministros da Economia e da Agricultura vão inaugurar esta terça-feira o adutor que liga Pisão a Beja.

A associação ambientalista Quercus reforça as críticas ao projecto do Alqueva, no dia em que é inaugurado o adutor que liga Pisão a Beja.

Esta estrutura vai garantir a adução de água à Barragem dos Cinco Reis, servindo 10.700 hectares de dois blocos de rega do Alqueva.

O investimento, de 37.1 milhões de euros, inclui uma estação elevatória, dois reservatórios, uma barragem e duas condutas com uma extensão de 4.600 metros. Segundo a Empresa de Desenvolvimento de Infraestruturas do Alqueva, serão também assinados contratos de construção de três blocos de rega.

Em declarações à Renascença, José Paulo Martins, da Quercus de Beja, questiona a "a viabilidade a longo prazo de todo este investimento". Preocupações que, diz, "têm maior fundamento hoje em dia face àquilo que é observado no terreno, à medida que os blocos de rega vão sendo instalados".

A Quercus alerta ainda para a subida dos custos da água e para o impacto ambiental do projecto do Alqueva.

"A degradação dos solos, que é já um facto, mas que se vai acentuar no futuro com a utilização intensiva de agro-químicos, e também as disponibilidades hídricas, no futuro, face a alterações climáticas", são também preocupações da Quercus face a este projecto.

Pires de Lima, ministro da Economia, e Assunção Cristas, ministra da Agricultura, estão esta terça-feira no Alqueva, onde vão conhecer algumas empresas dos sectores agrícola e turístico e inaugurar novo adutor.