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Mais uma morte associada a falta de viatura médica de emergência

02 mai, 2014

Falta de médico para integrar as viaturas médicas de emergência e reanimação (VMER) tem sido recorrente. A última foi no início de Abril, quando a VMER de Évora falhou o segundo socorro no espaço de quatro meses.

Um homem de 39 anos morreu nas Caldas da Rainha, depois de ter ficado duas horas à espera de assistência médica. O caso ocorreu na segunda-feira, dia em que uma das viaturas médicas de emergência e reanimação (VMER) do Centro Hospitalar do Oeste esteve inoperacional, por falta de médico.

A vítima não teve assistência durante o tempo em que a VMER esteve parada: duas horas. Chegou a existir um médico disposto a prestar serviço nessas duas horas, mas só chegou depois do pedido de emergência.

Segundo comunicado do Centro Hospitalar do Oeste, que serve Torres Vedras e Caldas da Rainha, o socorro e transporte foi gerido, como sempre, pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes, que em alternativa enviou uma ambulância dos bombeiros para assistir o homem – que estava com hemorragias e a entrar em paragem cardiorrespiratória.

Chegou às urgências hospitalares, que confirmaram o óbito.

Na passada semana, uma portaria definiu que são os directores das urgências os responsáveis pelas escalas, de modo a garantir total operacionalidade das VMER.

A falha na assistência das viaturas de emergência por falta de médico tem sido recorrente. A última aconteceu no início de Abril, quando a viatura de Évora falhou o segundo socorro no espaço de quatro meses. Dois homens morreram num violento acidente em Reguengos de Monsaraz.

O Centro Hospitalar do Oeste sublinha, no seu comunicado, que a taxa de operacionalidade das VMER das Caldas da Rainha e de Torres Vedras é superior a 97% e acrescenta que a causa da morte vai ser determinada pela autópsia realizada pelo Instituto de Medicina Legal.