Rigor britânico na prova de inglês do 9º ano

“A partir de agora é obrigatório cumprir as normas do teste”. É uma das frases que os professores vigilantes terão de dizer aos mais de 120 mil alunos, esta quarta-feira, no início do exame de inglês com mais rigor de que há memória.

As respostas terão de ser a lápis e estes terão de ser de um de dois tipos - “B ou HB” -, especifica a professora Elda Martins à reportagem da Renascença, numa escola da região do Porto.

As regras continuam: a separação entre as mesas é feita a fita métrica e aos professores é exigida atenção máxima. Sobram ainda algumas dezenas de norma, detalhadas num guião de 21 páginas.

A escuta de uma gravação é um dos pontos que mais preocupa alunos e professores vigilantes. “Há uma parte da prova em que temos que colocar um CD para escuta e os alunos não podem pedir-nos para voltarmos atrás, têm que estar muito concentrados e atentos para ouvir o que é dito”, explica Elda Martins, professora da Escola Secundária Inês de Castro, em Vila Nova de Gaia.

Será rigor britânico para professores e alunos portugueses nesta prova de inglês, certificada pela Universidade de Cambrigde.

As regras, na opinião de António Rocha, também professor de inglês destacado para vigiar o exame, tocam o exagero, face à importância da prova: “A obrigação de recolher os enunciados, colocar tudo num envelope selado, uma série de procedimentos exagerados até perante a importância da prova que não tem, nem de perto, nem de longe, a profundidade e o alcance de um exame nacional do final do secundário”.

Os exames serão depois digitalizados e corrigidos pelos professores no computador. Apenas são obrigatórios para os alunos do 9o ano e facultativos para os estudantes dos 11 aos 17 anos.