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Assinado acordo para ajudar a implementar unidades de cuidados continuados

23 abr, 2014

Protocolo é o “pontapé de saída” no novo modo de trabalhar entre Governo, União das Misericórdias e Santa Casa da Misericórdia.

A União das Misericórdias e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa assinaram um protocolo inédito para criar um fundo que vai apoiar as instituições em dificuldades financeiras.

Em causa estão os projectos de unidades de cuidados continuados – 17 que existem pelo país que estão fechadas ou em risco de fechar.

O provedor da Santa Casa da Misericórdia, Pedro Santana Lopes, explicou o que se pretende: “Vamos juntar recursos, ver quais as unidades que estão à espera de solução, desde que garantida a viabilidade do funcionamento dessas unidades. O Estado tem também um papel essencial, nomeadamente, nas referenciações que faz e nas comparticipações que pode dar. Isto é um pontapé de saída no novo modo de trabalhar entre parceiros”.

Santana Lopes falou aos jornalistas depois da assinatura do protocolo, no Barreiro, onde esteve o ministro da Solidariedade, Pedro Mota Soares, o presidente das Misericórdias, Manuel Lemos, e o bispo de Setúbal, D. Gilberto Canavarro.

Mota Soares considera que "este protocolo é histórico porque vai numa linha correcta, de contratualizar a resposta social. É importante que a resposta social em Portugal possa ser feita pelo Estado, mas acima de tudo que o Estado possa contratualizar com quem está próximo dos problemas, que são as instituições”.

Já Manuel Lemos diz que o Ministério da Saúde tem responsabilidade de contratar as camas na rede de cuidados continuados e que o fundo vai ajudar as Misericórdias em dificuldades, que se endividaram por causa dos projectos de construção destas unidades.