Emissão Renascença | Ouvir Online

Lisboa

Mouraria pode vir a ter sala de consumo assistido de droga

03 abr, 2014

O objectivo é acabar com o consumo de droga a céu aberto e permitir o desenvolvimento desejado daquela zona da capital. A decisão está agora nas mãos do presidente da Câmara.

Mouraria pode vir a ter sala de consumo assistido de droga
Uma sala de consumo assistido de estupefacientes na Mouraria, em Lisboa, é a sugestão de um relatório técnico, já entregue na Câmara de Lisboa e que pretende acabar com o consumo de droga a céu aberto no bairro. A decisão cabe agora à Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, mas, sobretudo, ao presidente da Câmara, António Costa. A sala não só direccionada para o consumo assistido, estando também disponível para tratamentos, formação e qualificação profissional.
Uma sala de consumo assistido de estupefacientes na Mouraria, em Lisboa, é a sugestão de um relatório técnico, já entregue na Câmara de Lisboa e que pretende acabar com o consumo de droga a céu aberto no bairro.

João Meneses, do Gabinete de Apoio ao Bairro de Intervenção Prioritária da Mouraria, que participou no grupo de trabalho que elaborou o relatório, considera que o projecto pode vir a ter luz verde do presidente António Costa.

“O presidente da Câmara tem mostrado alguma abertura para novas soluções de resposta a problemas crónicos. Sendo esta uma solução nova no contexto português, mas já testada com sucesso geografias, e havendo um relatório técnico muito sustentado, denso e feito por entidades de reputação inquestionável, que aponta no sentido de experimentar essa resposta, penso que o senhor presidente da Câmara terá essa abertura”, sustenta, em declarações à Renascença.

João Menezes adianta que o objectivo é acabar com o consumo de droga a céu aberto e permitir o desenvolvimento desejado da zona.

“O consumo a céu aberto é muito degradante, desde logo para os próprios consumidores, mas também para toda a população local e para a qualidade de vida no território. E também é um inibidor do desenvolvimento social, económico e cultural do território, até porque traz associado uma série fenómenos de pequena criminalidade e de prostituição”, argumenta.

A decisão cabe agora à Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, mas, sobretudo, ao presidente da Câmara, António Costa. João Meneses mostra-se confiante.

A sala não só direccionada para o consumo assistido, estando também disponível para tratamentos, formação e qualificação profissional.