06 mar, 2014
A manifestação desta quinta-feira das forças de segurança “tem que ter consequências” e não pode ser desvalorizada pelo Governo, afirmou Paulo Rodrigues, porta-voz da comissão que junta seis estruturas sindicais, no final de uma reunião com a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves.
Os representantes dos manifestantes entregaram a Assunção Esteves um dossier com as principais reivindicações e com propostas para resolver os problemas dos polícias, disse Paulo Rodrigues aos jornalistas.
“A reunião foi importante. A presidente da Assembleia da República mostrou total abertura de levar os problemas dos policias junto dos grupos parlamentares”, afirmou o também presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP).
Paulo Rodrigues espera que a abertura manifestada por Assunções Esteves “tenha influência junto daqueles que decidem”, nomeadamente o Governo.
Questionado sobre uma eventual greve das forças de segurança, Paulo Rodrigues declarou que não vai comentar propostas de outros sindicatos nem antecipar cenários.
A manifestação desta quinta-feira foi convocada por estruturas associativas e sindicais de seis forças e serviços de segurança: PSP, GNR, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Guarda Prisional, Autoridade da Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e Polícia Marítima.
O protesto começou no Marquês de Pombal e, à chegada ao Parlamento, os ânimos subiram de tom. Pelas 20h25, foram derrubadas barreiras de segurança. Alguns manifestantes conseguiram mesmo furar o cordão policial. Há registo de pelo menos dois feridos, um manifestante e um polícia.