17 fev, 2014 • Celso Paiva Sol
A Polícia Judiciária deteve no Porto um homem que, há pelo menos sete anos, vem praticando burlas no sector imobiliário. Fazia passar-se por um experiente vendedor de casas e desaparecia quando a concretização dos negócios rendia as primeiras verbas.
Tem 38 anos, diz ser engenheiro – coisa que não é – vive na cidade de Gondomar e, pelo menos desde 2007, que se dedica à prática de burlas na venda e aluguer de casas.
Criou diversas empresas fictícias, com várias moradas diferentes, embora tivesse alguma preferência por dizer que tinha escritório na Rua do Bolfim. Actuava essencialmente no grande Porto, mas a Judiciária tem indícios que o ligam a outras cidades do Norte e Centro do país.
Através de anúncios ou por angariação directa, junto de pessoas interessadas em vender ou alugar as suas casas, o suspeito conduzia o processo até conseguir receber as primeiras verbas, desaparecendo de seguida.
Era assim até ao pagamento de entradas, contratos promessa compra e venda em casos de aquisição ou ainda com os primeiros meses de renda que eram pagos, em caso de aluguer.
Nesta fase da investigação, a Judiciária tem 12 vítimas identificadas que perderam largas dezenas de milhares de euros, embora acredite que possam ser mais.
O suspeito já foi ouvido num primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a prisão preventiva.