03 jan, 2014
A baixa de Águeda está numa situação considerada crítica devido às cheias, um cenário este ano agravado pelas obras de requalificação da ponte da cidade.
A estrutura está transformada numa espécie de dique que dificulta o escoamento das águas. O comandante da protecção civil do distrito de Aveiro, José Bismarque, prevê o agravamento da situação.
“As zonas mais críticas estão centradas na baixa de Águeda. O problema neste momento é uma estrutura metálica que foi colocada sob a ponte do rio Águeda para manutenção, para obras, e que está a fazer de dique e tamponando o escoamento de água. É essa a questão crítica. Prevê-se um agravamento desta situação e de pressão lateral sobre a ponte”, disse à Renascença José Bismarque.
As obras de requalificação da ponte de Águeda são da responsabilidade da Estradas de Portugal e estão atrasadas, face ao inicialmente previsto.
O comandante José Bismarque explica que “de momento está a proceder-se à retirada do material lenhoso com técnicas alternativas, porque é difícil a execução desta tarefa para melhorar o escoamento do rio Águeda dentro da cidade de Águeda”.
A Estradas de Portugal adianta que está a "colaborar activamente" com a Protecção Civil para remover os detritos que se acumulam na ponte do Vouga.
A empresa esclarece, em comunicado, que a intervenção na ponte teve início em Agosto de 2013, com o objectivo de reforçar os pilares e tabuleiro da estrutura, com vista à melhoria significativa das condições de segurança dos seus utilizadores.
A cidade de Águeda voltou esta sexta-feira a ter as ruas da baixa alagadas e alguns moradores ficaram retidos nas suas casas. Segundo Jorge Almeida, vice-presidente da Câmara de Águeda, a situação foi agravada pela obra que está a decorrer na ponte, dado que os detritos, nomeadamente lenhas, se acumularam junto aos cilindros metálicos de suporte à obra, dificultando o escoamento da água, que inundou algumas zonas da cidade.