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Cinco em cada dez portugueses admitem ter mais filhos se pudessem trabalhar a tempo parcial

27 dez, 2013

Estudo foi elaborado depois de o Governo ter anunciado que pondera avançar, já no próximo ano, com um regime especial de trabalho para os funcionários públicos.

Quase metade dos inquiridos num estudo da Associação Portuguesa das Famílias Numerosas (APFN) admite que teria mais filhos se pudesse trabalhar a tempo parcial.

Segundo o estudo realizado pela Netsonda em todo o país, 46% dos portugueses considerariam ter mais filhos, 61% mostraram-se favoráveis ao trabalho a tempo parcial e 70% afirmaram que aderiam à medida.
 
A grande maioria dos inquiridos (88%) vê o trabalho a tempo parcial como um meio para um melhor exercício da maternidade ou paternidade, 85% consideram que aumenta a qualidade de vida e 63% pensam que aumenta a produtividade, com a melhoria dos níveis de motivação. 
 
Dos inquiridos que disseram que aderiam a esta medida, 52% aceitaria uma redução no salário.  

O estudo foi elaborado depois de o Governo ter anunciado que pondera avançar, já no próximo ano, com um regime especial de trabalho para os funcionários públicos. O corte salarial correspondente à redução de horário de duas horas por dia ou menos um dia por semana seria compensado com verbas comunitárias.

O estudo foi realizado entre 9 e 21 de Outubro de 2013, tendo sido feitas 304 entrevistas online junto do Painel Netsonda e 1.031 entrevistas aos associados da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas.

Em declarações à Renascença, Ana Salter Cid, da APFN, diz que vão apresentar os resultados ao Governo e já pediram uma audiência ao ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares.