Emissão Renascença | Ouvir Online

Comprar carro a gasóleo vai custar mais 500 euros

16 out, 2013

Proposta de Orçamento do Estado impõe este novo custo que acresce ao imposto sobre veículos. Carlos Barbosa, do ACP, diz que o Governo está a prejudicar a Economia.

Comprar carro a gasóleo vai custar mais 500 euros
As famílias que queiram comprar um carro novo a gasóleo vão ter de pagar mais 500 euros, segundo uma nova medida incluída no Orçamento do Estado de 2014. Trata-se de um valor único, independente da cilindrada do veículo.

A proposta de Orçamento do Estado para 2014 impõe este novo custo que acresce ao imposto sobre veículos, apurou a Renascença.

Mas também as empresas vão pagar mais. De acordo com o articulado do Orçamento entregue ontem na Assembleia da República, para os veículos de mercadorias há um agravamento de 250 euros.

São custos a que se somam os aumentos no Imposto Único de Circulação, agravado apenas para os carros a gasóleo. Assim, além do Imposto Único de Circulação vai ter de pagar uma taxa anual que pode ir de 1,39 a 68 euros.

Também os veículos a gás passam a contribuir para o chamado serviço rodoviário através do imposto sobre produtos petrolíferos.

Porque não vão aos subsídios dos partidos?
O Automóvel Clube de Portugal (ACP) já disse que é mais uma machadada na economia uma vez que muitas empresas utilizam carros ligeiros a gasóleo. “É um absurdo completo porque o Governo sabe, e sobretudo a pasta da Economia sabe, que o peso dos combustíveis no orçamento de uma empresa é enorme, o peso dos combustíveis no preço final é enorme.”

O Governo justifica este imposto no facto de os carros a gasóleo serem mais poluentes, mas isso não convence Carlos Barbosa.“A desculpa de ser mais poluente é falaciosa, porque o parque automóvel comercial em Portugal está todo dentro das regras da comunidade europeia, por isso não é desculpa.”

Carlos Barbosa, presidente do ACP, considera que este é um orçamento “feito a olho” e pergunta porque é que o Governo não foi atrás dos subsídios dos partidos: “Como foram às bebidas e ao tabaco foram aos combustíveis. Porque é que não foram buscar os 43 milhões que buscaram ao despesismo do Estado? E não estou a falar em salários e em pensões. O Estado tem despesas absolutamente absurdas, porque é que não foram por aí? Porque é que não vão aos subsídios dos partidos? Isto é prejudicar a economia”, considera.