Funcionários públicos vão ter menos dinheiro para comer

06 out, 2013

Subsídio de refeição vai ser cortado. Fectrans fala em reduções de 100 euros ao final do mês, contando com todas as reduções previstas no novo diploma, como a remuneração do trabalho suplementar. Em protesto, Metro de Lisboa vai fazer greve na terça-feira.

Há mais cortes anunciados para os funcionários públicos. O subsídio de refeição vai passar para os 4,27 euros a partir de Dezembro, medida que vai afectar muitos trabalhadores das empresas públicas de transportes.

O corte já era conhecido pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), mas o Governo esperou para depois das eleições para o anunciar.

Em causa está uma redução do rendimento ao final do mês, pois, além do subsídio de refeição, há cortes nas ajudas de custo e na remuneração do trabalho suplementar.

“Estaremos a falar em reduções de 100 euros por cada trabalhador, com a conjugação das várias rubricas que constam desse diploma – subsídio de refeição, trabalho nocturno e suplementar”, afirma à Renascença o dirigente da Fectrans José Manuel Oliveira.

“Certamente irá provocar o aumento da agitação e conflitualidade social nestas empresas”, conclui.

A verdade é que os protestos estão à porta. Na terça-feira, os trabalhadores do Metro do Lisboa param. Para sexta-feira está marcada uma vigília em frente ao Ministério da Economia.

No metropolitano de Lisboa, o subsídio de alimentação é agora superior a 10 euros.