Providência para travar Barragem do Tua chega a tribunal
20 set, 2013
"Esta é uma obra totalmente inútil e que vai ter um custo brutal para o país. Podemos comparar esta obra aos piores casos das ex-scuts, ao aeroporto de Beja ou ao caso BPN", defende Plataforma Salvar o Tua.
O Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela aceitou a providência cautelar interposta pela Plataforma Salvar o Tua. O objectivo é parar a construção da barragem, em construção desde 2011 na foz do Tua.
"O nosso objectivo é muito claro, é parar esta barbaridade e este crime contra o património nacional e contra os bolsos dos portugueses", afirmou esta sexta-feira João Joanaz de Melo, da Plataforma Salta o Tua - Associação de Defesa do Ambiente.
"Esta é uma obra totalmente inútil e que vai ter um custo brutal para o país. Podemos comparar esta obra aos piores casos das ex-scuts, ao aeroporto de Beja ou ao caso BPN", salientou.
Trata-se, na opinião de João Joanaz de Melo , "de mais uma fraude sobre os contribuintes portugueses, para além de todos os danos ambientais e culturais que estão em causa".
Esta plataforma, que junta nove associações ambientais e uma quinta de produção vinícola, quer travar a construção da Barragem de Foz Tua, na confluência dos distrito de Vila Real e Bragança, e concessionada à EDP.
Depois de admitida a providência cautelar pelo tribunal, agora a EDP e o Estado português têm um período para contestar e só depois será julgada a providência e será submetida a acção principal.
A EDP sublinha que o projecto está "a ser desenvolvido atendendo a todas as obrigações e recomendações de entidades oficiais nacionais e internacionais, bem como em sintonia com os anseios da população e os responsáveis da região".
A barragem começou a ser construída há dois anos, ficando a conclusão da obra adiada para Setembro de 2016 por causa do abrandamento imposto pela UNESCO.