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Abertura do ano lectivo marcado pela insatisfação

20 set, 2013

Desorganização é a principal crítica apontada por pais e sindicatos. Uma semana após o arranque das aulas, a Renascença visita várias escolas do país.

Alunos sem aulas e falta de professores e auxiliares nas escolas são os pontos negativos que resumem a semana em que arrancou o ano lectivo 2013/2014. Pais e sindicatos criticam a falta de recursos humanos e acusam o Governo de falta de planeamento.

“O que ficou a marcar o início deste ano foi o resultado desta falta de planificação e destas medidas anunciadas e decididas à última hora, que não dá estabilidade ao sistema educativo”, afirma à Renascença o dirigente da Federação Nacional da Educação (FNE), João Dias da Silva.

“Foi o caso do atraso muito significativo na colocação dos professores. Não faz sentido para ninguém na sociedade portuguesa que os professores sejam colocados nas escolas na véspera ou durante o próprio processo de abertura do ano lectivo. Isso é um desrespeito para as pessoas que são colocadas, é um desrespeito para as famílias e para as escolas”, critica.

A Confederação Nacional de Associações de Pais (Confap) subscreve a avaliação.

“Os principais problemas passaram pela própria organização uns dias antes, com constantes alterações na formação de turmas, na programação da rede”, lamenta o responsável Jorge Ascensão.

“Depois, nalgumas escolas que há anos precisam de melhoramentos, foram tidas as obras e temos muitas a dizer às famílias que têm de ir buscar as crianças às 16h30, porque as actividades ainda não estão a funcionar”, acrescenta.

Em balanço da primeira semana de aulas, a Renascença visita várias escolas do país: Chaves, Gaia, Algarve e Lisboa. As reportagens podem ser ouvidas em áudio (não disponível para aparelhos móveis).