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Exames em clima de conflito e cercados de expectativa

17 jun, 2013 • Fátima Casanova

Hoje é dia de prova a Português e Latim. Na ausência de acordo, todos os professores foram convocados para aparecer nas escolas e vigiar os exames.

Exames em clima de conflito e cercados de expectativa
Começam, esta segunda-feira, os exames nacionais do ensino secundário. Um início marcado pelo conflito entre o Ministério da Educação e os professores, que cumprem um dia de greve. Para as mais de 20 provas, está inscrito um total de quase 160 mil alunos.

Para hoje de manhã, está marcado o exame de Português, exame obrigatório para todos os alunos do 12º ano. Estão inscritos perto de 74.500 alunos. A prova tem início às 9h30, mas os alunos têm de apresentar-se meia hora antes.

Neste dia de greve está também marcado exame de Latim, às 14h00, para o qual estão inscritos 108 alunos do 12º ano.

O segundo exame com mais alunos inscritos é o de Física e Química, com 58 mil alunos. É a disciplina que tem estado a dar mais dores de cabeça, uma vez que, no ano passado, registou a maior descida e a média voltou à negativa.

Do total de alunos inscritos para esta primeira fase de exames, 91 mil são candidatos ao ensino superior, segundo os dados provisórios do Ministério da Educação e Ciência.

Durante o mês de Junho realizam-se também as provas finais do segundo e do terceiro ciclos do básico – Português dia 20 e Matemática dia 27, também dia greve geral.


Todos convocados
O ministro Nuno Crato recusou-se a mudar a data dos exames, porque os sindicatos não assumiram o compromisso de que não marcariam novas greves durante o período de exames, e a alternativa passou por convocar todos os professores para a vigilância das provas.

O objectivo é ter docentes disponíveis para substituir os que fizerem greve. Assim, aos 10 mil que estavam marcados para a vigilância dos exames, somam-se 105 mil professores de todos os níveis de ensino.

A orientação seguiu para as escolas na última quarta-feira. Na sexta, enquanto o Ministério da Educação e os sindicatos de professores negociavam para arranjar uma solução para este dia de greve aos exames, chegaram às escolas orientações para os directores assegurarem o máximo de exames possíveis.

Mais uma vez, através do júri nacional de exames, foi dada ordem aos directores para substituírem os professores credenciados para receberem os enunciados, ou seja, aqueles que estão no secretariado de exames.

Caso só haja vigilantes para uma parte das salas, o Ministério da Educação deixa claro que os exames devem ser feitos por uma parte dos alunos, devendo os restantes ser mandados para casa.

Nuno Crato garante anuncia, hoje mesmo, uma solução para estes alunos.