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Só "cedência absoluta" de Crato pode desconvocar greve dos professores

06 jun, 2013

Sindicatos e Governo continuam a negociar. Se não houver consenso, os professores avançam com a greve ao serviço de avaliações nos dias 7, 11, 12, 13 e 14 de Junho e aos exames a 17 de Junho.

Se o Ministério da Educação e Ciência recuar com a mobilidade especial e com o alargamento do horário de trabalho para os professores, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) diz que desconvoca a greve que tem marcada para vários dias em Junho, incluindo o dia 17, que é de exame nacional. 

À entrada para a segunda e última ronda negocial com os secretários de Estado da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, e da Administração Pública, Hélder Rosalino, o líder da Fenprof, Mário Nogueira garantiu que se a postura negocial do Governo não mudar, os professores vão fazer a maior greve de sempre.

Mário Nogueira sublinha que “a indignação dos professores é enorme” e “não é apenas o que se está a passar hoje, é um acumular de situações”. Por isso, o sindicalista diz que “só com uma cedência absoluta por parte do Ministério [na reunião desta quinta-feira] podia evitar que amanhã se iniciasse uma das maiores greves e de certeza mais prolongada de sempre dos professores”.

A seguir à Fenprof é a vez da Federação Nacional da Educação (FNE) ser recebida no Ministério da Educação. As negociações devem prolongar-se durante a noite já que os sindicatos regressam ao Palácio das Laranjeiras, às 20h00, para uma nova ronda negocial.

Se não houver consenso, os professores avança com a greve ao serviço de avaliações nos dias 7, 11, 12, 13 e 14 de Junho e aos exames a 17 de Junho. O receio de que o regime de mobilidade especial os leve ao desemprego e o aumento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais são os principais pontos de discórdia.