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Funcionários públicos exigem demissão do Governo

15 mar, 2013

Manifestantes protestaram nas ruas de Lisboa. Grande parte do percurso feito ao som da "Grândola, Vila Morena".

Funcionários públicos exigem demissão do Governo

Milhares de funcionários públicos de todo o país e de vários sectores desceram a Avenida da Liberdade, em Lisboa, gritando palavras de ordem a exigir o fim da política de austeridade e a demissão do Governo.

Os manifestantes saíram da Praça Marquês de Pombal pouco depois das 15h00 em direcção ao Ministério das Finanças, onde terminou a manifestação nacional promovida pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública. O desfile éfoiencabeçado pelos principais dirigentes sindicais da função pública, acompanhados do secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.

A coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, disse à agência Lusa, no início do percurso, que a acção desta sexta-feira visa mostrar ao Governo que os trabalhadores da função pública estão contra a política de austeridade em curso e querem a sua demissão. A sindicalista criticou os números divulgados pelo Executivo sobre o aumento do desemprego e sobre o fracasso das metas do défice, considerando que são a prova de que o Governo não está a defender os interesses dos trabalhadores portugueses.

Arménio Carlos também manifestou à Lusa a sua preocupação com o aumento do desemprego e disse que Portugal foi posto numa situação semelhante à que se vive na Grécia. O líder da intersindical pediu a demissão do Governo e apelou aos trabalhadores da função pública e do sector privado, e à generalidade da população portuguesa, para saírem à rua e forçarem a demissão do executivo.

Os manifestantes fizeram grande parte do percurso ao som da "Grândola, Vila Morena", que intercalavam com palavras de ordem contra o Governo. Entre as palavras de ordem entoadas não faltaram também algumas contra a falta de actuação do Presidente da República para inverter o desemprego e o empobrecimento do país.

Este protesto surgiu no dia em que o Governo apresentou o resultado da sétima avaliação do programa de ajustamento financeiro. O desemprego vai ser maior, o défice também.


[artigo actualizado às 18h35]