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Receita fiscal pode emagrecer em 660 milhões de euros

03 ago, 2015

Previsão da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) revela que a colecta de impostos está a ter um crescimento “pouco expressivo”.

O Estado está a arrecadar menos impostos do que o previsto pelo Governo. O Orçamento do Estado pode acabar o ano com um buraco de 660 milhões de euros caso a receita continue a crescer ao ritmo actual, alerta a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

Esta unidade de técnicos independentes, que trabalham para a comissão parlamentar de orçamento e finanças, deixa um alerta, depois de analisar as contas do Orçamento nos primeiros seis meses do ano: a receita fiscal está com um “crescimento pouco expressivo”.

A conclusão ganha especial relevo quando se compara com o previsto para o conjunto do ano.

Segundo os técnicos, o ritmo de crescimento das receitas fiscais estava a acelerar até Maio, mas em Junho esta tendência inverteu e começou a crescer a um ritmo mais baixo.

A UTAO refere que "os reembolsos de impostos indirectos até Junho de 2015 foram inferiores aos registados no período homólogo em cerca de 260 milhões de euros (foram de 319 milhões de euros até Março, de 245 milhões de euros até Abril e 191 milhões de euros até Maio), com destaque para o IVA, implicando um aumento da receita fiscal em termos líquidos superior à verificada em termos de receita fiscal bruta.