02 jul, 2015
A directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) volta a pedir reformas à Grécia, mas também admite financiamento europeu.
“O FMI acredita numa abordagem equilibrada em todas as frentes. Para lhe dar um exemplo: Acreditamos que deve haver reformas do lado grego, tanto estruturais como orçamentais, mas também tem de haver um financiamento e uma operação de dívida por parte dos parceiros europeus”, disse.
Christine Lagarde, em entrevista à agência Reuters, reafirma que “seria preferível ver uma iniciativa grega no sentido das reformas para depois haver um acompanhamento do outro lado da balança”.
Têm sido dias muito intensos de negociações entre os credores e o Governo de Atenas. Lagarde reconhece que “temos recebido tantas propostas finais, que foram validadas, invalidadas e alteradas ao longo dos últimos dias, que é bastante incerto dizer exactamente em que pé está a última proposta”.
“Julgo que, na passada sexta-feira foi tomada uma importante decisão por parte da Grécia ao interromper as negociações, quando decidiu avançar com um referendo no próximo domingo”, acrescentou.
A directora da FMI lembra que “há um processo democrático que está em curso e esperamos que resulte numa maior clareza e menos incerteza quanto ao que é a determinação do povo grego e qual é a autoridade do Governo. Esperemos que isso clarifique o futuro, permitindo o avanço das negociações”.
O referendo na Grécia está marcado para o próximo domingo, 5 de Julho.
Uma nova sondagem publicada esta quarta-feira mostra uma mudança na intenção dos gregos: o “sim” fixa-se nos 47,1% e ultrapassa o “não”, que desce para os 43,2%. Apenas 6,3% dos gregos estarão indecisos.