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Teodora Cardoso: “Uma política orçamental responsável não pode olhar apenas para o ano corrente”

01 jul, 2015

Economista defende que deve haver um planeamento de receitas, especialmente em Portugal, que tem uma economia muito endividada e com capacidade de endividamento limitada.

Uma política orçamental responsável não pode ter vistas curtas e num ano financeiramente favorável, as receitas não podem ser gastas sem ponderação, defende a presidente do Conselho de Finanças Públicas.

Teodora Cardoso explica, na Renascença, o que deve ser um orçamento gerido com responsabilidade. “Uma política orçamental responsável não tem só que olhar para o ano corrente, porque as coisas estão a correr um pouco melhor. Não é possível utilizar isso como um espaço para ser integralmente gasto nesse ano, na expectativa que no ano seguinte estas despesas vão continuar a existir, e as receitas poderão concretizar-se, ou não”.
 
“É necessário haver primeiro um planeamento das receitas, que por seu turno tem influência na economia; quando se aumentam os impostos isso tem influência negativa sobre a economia. Há um conjunto de condições necessárias, ainda para mais, numa economia muito endividada como é a nossa e com uma capacidade de endividamento muito limitada”, adverte.  

Ao longo da semana, a Renascença confere a opinião da presidente do Conselho de Finanças Públicas sobre temas centrais para o futuro.