Propostas melhoradas pela TAP são "um bom sinal"

Os empresários David Neeleman e Germán Efromovich apresentaram esta sexta-feira duas propostas melhoradas para a compra da TAP. O Governo ainda desconhece os valores, mas diz que é um "é um bom princípio".

O prazo de entrega para as propostas finais de aquisição da maioria da transportadora aérea nacional à Parpública terminava esta sexta-feira, às 17h00.

Em comunicado, a empresa detentora de participações do Estado indica que "as duas propostas são dos agrupamentos Gateway, constituído pela DGN Corporation e HPGB [David Neelman], e SAGEF, constituído pela Synergy Aerospace e por Germán Eframovich".

Em declarações aos jornalistas, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, não garantiu que seja possível tomar uma decisão final no conselho de ministros da próxima semana.

Sérgio Monteiro explica que a Parpública vai agora analisar as duas novas propostas e elaborar um relatório para apresentar ao Governo.
 
A tomada de uma decisão na próxima semana vai depender da rapidez com que esse relatório seja elaborado, sendo que a Parpública tem cinco dias úteis para o fazer.

"Esperamos uma melhoria de propostas, caso contrário não teríamos duas propostas que foram alteradas. É um bom sinal de princípio, mas não conhecemos detalhes", sublinhou o secretário de Estados dos Transportes.

A secretária de Estado do Tesouro também marcou presença neste encontro com os jornalistas. Isabel Castelo Branco garantiu que o Governo ainda "não tem informação sobre os valores envolvidos" nas propostas apresentadas esta sexta-feira por Neeleman e Efromovich.

Neeleman e Efromovich sobem a parada
David Neeleman, patrão da companhia aérea brasileira Azul, anunciou esta sexta-feira que entregou uma proposta melhorada para a compra da operadora aérea portuguesa.

"Entregámos a nossa proposta final e melhorada. Mais do que uma proposta é um compromisso de investimento e de crescimento para a TAP", afirmou Neeleman, em declarações enviadas à Lusa.

Germán Efromovich também apresentou "uma proposta melhorada", a qual "vai ao encontro do objectivo de modernização e desenvolvimento" da TAP, segundo fonte oficial do empresário.

Condições para comprar a TAP
Segundo o caderno de encargos, o comprador tem que assegurar o reforço da capacidade económico-financeira da empresa e assumir compromissos de estabilidade laboral.

A capitalização é o primeiro de nove critérios para a escolha do futuro dono da TAP, seguido pelo valor da oferta e projeto estratégico, segundo o caderno de encargos.

O valor oferecido pelo capital a alienar pelo Estado surge em segundo lugar no artigo 5.º do documento, aparecendo depois a "apresentação e garantia de execução de um adequado e coerente projeto estratégico, tendo em vista a preservação e promoção do crescimento da TAP".

Além de ter que capitalizar a empresa, o comprador assume uma dívida remunerada superior a 1.000 milhões de euros, de acordo com o relatório e contas de 2014.

[notícia actualizada às 19h05]