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Governador do Banco de Portugal não exclui recondução no cargo

06 mai, 2015 • Sandra Afonso

Carlos Costa está a um mês do fim do mandato de cinco anos, mas quer fechar vários assuntos que tem em mãos. No programa “Terça à Noite”, o presidente da comissão parlamentar de inquérito ao caso BES, Fernando Negrão, defende que Carlos Costa deve continuar à frente da entidade supervisora.

Governador do Banco de Portugal não exclui recondução no cargo
A um mês de terminar o mandato, o governador do Banco de Portugal não exclui a possibilidade de recondução. Em último caso, o mandato pode ser prolongado até às eleições.

Faltam quatro semanas para Carlos Costa concluir os cinco anos à frente do banco central. O governador tomou posse a 7 de Junho de 2010 e desde então já o ouviram dizer que não ia ficar por mais tempo.

Mas ao que a Renascença apurou, agora que se aproxima o fim do mandato, Carlos Costa não fecha a porta a uma continuação. Só não especifica em que termos.

Fontes próximas admitem desgaste, mas que não supera a vontade do governador de concluir os dossiers que tem em mãos, entre eles a venda do Novo Banco.

Segundo as regras do Banco de Portugal, o governador mantém-se no cargo até ser nomeado um substituto. Esta possibilidade iria permitir concluir os trabalhos em mãos. Por outro lado, o novo governador já seria nomeado depois das eleições, pelo próximo Governo.

Uma coisa é certa, este foi um dos mandatos mais exigentes das últimas décadas e deverá ficar marcado pelo caso BES. Carlos Costa deu a cara pela solução e foi apontado no Parlamento como um dos responsáveis pelo colapso.

O presidente da comissão parlamentar de inquérito à gestão do Banco e Grupo Espírito Santo (BES/GES) – cujo relatório final critica a actuação do supervisor – foi o convidado do programa da Renascença “Terça à Noite”. Fernando Negrão mostrou-se favorável à manutenção do governador do Banco de Portugal, pelo menos até estar concluído todo o processo do caso BES.