Governo avisa. Greve da TAP pode levar a despedimento de 30% a 40% dos trabalhadores
30 abr, 2015
Se a empresa ficar sem dinheiro, fecha e a reestruturação será "feita nos moldes que a Comissão Europeia nos deixar”, avisa o secretário de Estado dos Transportes.
O Governo alerta para o que diz ser o verdadeiro risco de colapso da TAP. O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, admite um cenário de despedimentos e encerramento da empresa, se a greve dos pilotos resultar em sérios problemas de tesouraria.
"Se a empresa não tiver dinheiro para solver os seus compromissos, fecha. A empresa tem de ser profundamente reestruturada. Não há outro caminho. A reestruturação é feita nos moldes que a Comissão Europeia nos deixar", disse, em entrevista à SIC Notícias.
Sérgio Monteiro diz não haver outro remédio se não fazer o que Bruxelas decidir e considera "provável que a Comissão Europeia imponha remédios severos para uma reestruturação da TAP".
Tal pode significar um despedimento na ordem dos 30% a 40% dos trabalhadores, como aconteceu em "casos mais recentes na Europa".
"Aconteceu na Polónia há dois meses", recorda o secretário de Estado.
A greve de dez dias dos pilotos da TAP, que
não reúne consenso entre os trabalhadores da empresa, tem início na sexta-feira. A transportadora
decidiu não anunciar previamente os voos cancelados pela paralisação, preferindo dar essa informação no dia-a-dia, na esperança de que a adesão não seja significativa.
O "tesouro", as eleições e o "jardim à beira-mar plantado". O que se disse sobre a TAP