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António Costa tem um "plano B" para o cenário macroeconómico

23 abr, 2015

Líder do PS considera que a troika continua em Portugal, só mudou de nome: "Agora chama-se Paulo Portas, Passos Coelho e Cavaco Silva".

António Costa tem um "plano B" para o cenário macroeconómico

O secretário-geral do PS, António Costa, admite ter um “plano B”, caso o cenário macroeconómico apresentado terça-feira não se confirme.

O candidato a primeiro-ministro explica que as contas foram feitas tendo como ponto de partida as previsões actuais para a evolução da economia europeia.

O líder socialista reconhece que nem tudo pode correr como esperado, admitindo desde já um "plano B".

"Este cenário, como tem sido explicado e foi assumido pelos seus autores, parte do cenário actual e do quadro actual europeu. Se nada mudar na Europa, o 'plano A' é exequível. Isto não quer dizer que não devamos, como tenho defendido, batermo-nos no quadro europeu para fazer evoluir o quadro europeu. Eu prefiro ter um 'plano B' que nos dê mais margem de manobra, do que começar por ter um 'plano A' que, à partida, pode estar condenado ao fracasso."

Em declarações aos jornalistas, António Costa respondeu à barragem de críticas que o Governo tem dirigido ao cenário macroeconómico do PS - o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, considera que o plano socialista é o caminho mais rápido para o regresso da troika.

O líder socialista considera que a troika continua em Portugal com o actual executivo. Só mudou de nome: "A troika agora chama-se Portas, Passos Coelho e Cavaco Silva", acusa.

Para António Costa, que falava no final de uma reunião do grupo parlamentar do Partido Socialista, "o caminho para continuar na troika é continuar com este Governo".

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