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Ministra das Finanças diz que não sugeriu alterações ao acordo com a Grécia

21 fev, 2015

Maria Luís Albuquerque estranhou as críticas de colagem à Alemanha.

Ministra das Finanças diz que não sugeriu alterações ao acordo com a Grécia


A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, diz que não sugeriu alterações ao acordo do Eurogrupo com a Grécia e que colocou apenas questões relacionados com procedimentos.

"Não sugeri a alteração de uma única vírgula", respondeu a ministra das Finanças durante uma entrevista à TVI, depois do ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, ter deixado críticas indirectas a Portugal e Espanha.

"Não sei por que o ministro das Finanças terá dito isso", insistiu Maria Luís Albuquerque, afirmando ter colocado apenas questões de procedimentos.

"A minha intervenção foi no sentido de ser seguido o procedimento habitual", nomeadamente que a `troika` reporte ao Eurogrupo a avaliação das medidas da Grécia, adiantou.

"A questão que coloquei tem a ver com o procedimento no sentido de ser seguido o procedimento habitual que é a `troika`, depois de avaliar as medidas, reportar aos elementos do Eurogrupo, explicando qual foi a sua avaliação", esclareceu a responsável pela pasta das Finanças.

O Governo grego tem de enviar até segunda-feira uma lista de medidas à troika. Só se a avaliação for positiva se poderá dar início aos procedimentos parlamentares exigidos por alguns países para aprovar a extensão do programa.

A ministra das Finanças salientou que "o Governo português esteve sempre do lado dos 18 estados-membros do Eurogrupo" que propuseram o acordo, estranhando as críticas de colagem à Alemanha, e mostrou-se "feliz" por terem sido 19 a subscrever o documento, que contou também com a concordância da Grécia.

"Também podemos dizer que estamos colados às posições do Chipre ou da Estónia", comentou, sublinhando ainda que não se considera aluna, mas sim colega de Schäuble, o seu homólogo alemão.

Maria Luís Albuquerque sublinhou que todos ganharam com o acordo "em particular a Grécia" e acrescentou que não faria sentido adoptar a flexibilização proposta para a Grécia em Portugal, pois esta faz parte de um programa que Portugal acabou há quase um ano.

"Não faz sentido pensar nos mesmos termos, a situação de Portugal é distinta da Grécia", vincou.