O preço do petróleo continua em queda, caindo para menos de 49 dólares o barril em Londres, ao mesmo tempo que aumenta a apreensão dos empresários portugueses em Angola.
O presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) disse à
Renascença ainda não haver notícia de obras suspensas, mas as palavras do Presidente José Eduardo dos Santos
no final do ano deixam antever o pior.
"Com os últimos dados que temos e o que ouvimos por parte do Presidente, a dizer que alguns projectos vão ser adiados e que haverá um controlo de despesa e maior austeridade, naturalmente que ficamos apreensivos em relação a esta queda brutal do preço do petróleo", reconhece Reis Campos.
A maioria dos negócios portugueses no país depende muito das grandes obras públicas, que representam "mais de 50% do mercado de África".
"Quando estamos a falar de Angola hoje estamos a falar de mais de uma dezena de milhares de empresas e de todas as áreas, principalmente, das infra-estruturas que é aquilo que Angola tem tido maiores projectos e investimentos", explica.
Angola representou no ano passado uma facturação de 2,2 mil milhões de euros para as empresas portuguesas, um valor muito acima de qualquer outro mercado dependente do petróleo.