14 nov, 2014
O presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luis Lima, receia que a investigação sobre corrupção no âmbito dos vistos “gold” acabe por determinar o encerramento do programa.
“O sector está a recuperar, está-se a criar emprego, está a trazer muito investimento para Portugal e já oiço algumas entidades a porem em questão o próprio programa”, diz o presidente da APEMIP, em entrevista à Renascença.
Luís Lima mostra-se surpreendido com a dimensão da investigação e diz não compreender os problemas, dado que o procedimento para a aquisição de vistos “gold” é relativamente simples.
A Polícia Judiciária deteve, na quinta-feira, 11 pessoas suspeitas de corrupção, branqueamento de capitais, tráfico de influência e peculato, no âmbito de uma investigação sobre atribuição de vistos “gold”.
A investigação envolveu três ministérios: Justiça, Administração Interna e Ambiente.
Em comunicado, a PJ explicou que as diligências investigatórias já duravam há alguns meses e que a operação foi desencadeada em diversos pontos do país, envolvendo cerca de duas centenas de investigadores.
O programa de atribuição de vistos “gold”, criado em 2013, prevê a emissão de autorizações de residência para estrangeiros oriundos de fora do espaço Schengen que façam investimentos em Portugal, por um período mínimo de cinco anos.
O que são os vistos gold?