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Portugal financia-se com os juros mais baixos de sempre

20 ago, 2014

A taxa da dívida pública a três meses fica a 0,09 e a taxa a 12 meses fica pelos 0,21. A procura a superou a oferta.

Portugal conseguiu baixar as taxas da dívida pública, nos dois leilões desta manhã, com os juros a atingir o valor mais baixo de sempre.

A taxa a três meses fica a 0,09 e a taxa a 12 meses fica pelos 0,21, num leilão em que a procura a superou a oferta.

Foram emitidos 1.000 milhões de euros em dívida de curto prazo a uma taxa média de 0,216%, menos de metade da taxa no leilão do mês passado.

O facto de ter conseguido baixar as dívidas a três e a 12 meses “é bastante positivo para o país”, na opinião de Filipe Silva, director de gestão de activos do banco Carregosa, em análise para a Renascença.

Os bons resultados deste leilão reflectem-se na acção dos investidores, que “acabam por achar que Portugal continua a ser capaz de pagar a sua dívida e continuam a exigir taxas cada vez mais baixas, significando que o risco do país é cada vez menor”.

“Portugal continua a ter taxas mínimas históricas na dívida de curto prazo e a verdade é que os acontecimentos do Banco Espírito Santo durante o mês Agosto não tiveram o impacto negativo que podiam ter tido”, explica o analista.

De acordo com o “Diário Económico”, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública admite intensificar as operações de recompra e troca de divida nos próximos meses, uma estratégia acertada na opinião de Filipe Silva.

Portugal voltou esta quarta-feira a colocar divida pública nos mercados, cumprindo o calendário previsto.