Resgate do BES começou a ser preparado cinco dias antes da intervenção

09 ago, 2014

Alarmes soaram na sede do Banco de Portugal dias antes da apresentação dos resultados do primeiro semestre.

Resgate do BES começou a ser preparado cinco dias antes da intervenção
A solução para o Banco Espírito Santo começou a ser desenhada cinco dias antes da intervenção. A notícia é avançada pelo jornal “Público”.

Os alarmes soaram na sede do Banco de Portugal dias antes da apresentação dos resultados do primeiro semestre, no dia 31 de Julho, e que vieram a revelar prejuízos de 3. 600 milhões de euros.

De acordo com o jornal, o regulador começou a planear o resgate ao BES no princípio da semana passada quando se tornou evidente que a trajectória descendente da cotação do banco era já imparável.

Naquela altura havia entre os responsáveis do Banco de Portugal, e em certos círculos do Governo, a forte convicção de que o banco poderia “cair” na quinta, 31 de Julho, ou na sexta-feira, 1 de Agosto. Até porque, na noite de quarta-feira, 30, o BES, que tinha sido alvo de várias inspecções por parte do regulador, iria pôr à mostra todas as suas fraquezas e revelar o maior prejuízo da história empresarial portuguesa, 3.600 milhões, e imparidades de 4.300 milhões perdas potenciais.

O Banco de Portugal anunciou no passado domingo a injecção de 4,9 mil milhões de euros no BES para o capitalizar, através do Fundo de Resolução bancário, e o fim desta instituição, com a separação do banco fundado pela família Espírito Santo entre um banco mau , em que ficam os activos tóxicos, e o Novo Banco, que reúne os activos não tóxicos, como os depósitos e que receberá a injecção de 4,9 mil milhões de euros.

O Novo Banco - liderado por Vítor Bento, que sucedeu ao líder histórico Ricardo Salgado na presidência do BES - ficou com as agências e trabalhadores do BES.