A solução para o Banco Espírito Santo começou a ser desenhada cinco dias antes da intervenção. A notícia é avançada pelo jornal “Público”.
Os alarmes soaram na sede do Banco de Portugal dias antes da apresentação dos resultados do primeiro semestre, no dia 31 de Julho, e que vieram a revelar prejuízos de 3. 600 milhões de euros.
De acordo com o jornal, o regulador começou a planear o resgate ao BES no princípio da semana passada quando se tornou evidente que a trajectória descendente da cotação do banco era já imparável.
Naquela altura havia entre os responsáveis do Banco de Portugal, e em certos círculos do Governo, a forte convicção de que o banco poderia “cair” na quinta, 31 de Julho, ou na sexta-feira, 1 de Agosto. Até porque, na noite de quarta-feira, 30, o BES, que tinha sido alvo de várias inspecções por parte do regulador, iria pôr à mostra todas as suas fraquezas e revelar o maior prejuízo da história empresarial portuguesa, 3.600 milhões, e imparidades de 4.300 milhões perdas potenciais.
O Banco de Portugal anunciou no passado domingo a
injecção de 4,9 mil milhões de euros no BES para o capitalizar, através do Fundo de Resolução bancário, e o fim desta instituição, com a separação do banco fundado pela família Espírito Santo entre um
banco mau , em que ficam os activos tóxicos, e o Novo Banco, que reúne os activos não tóxicos, como os depósitos e que receberá a injecção de 4,9 mil milhões de euros.
O Novo Banco - liderado por Vítor Bento, que sucedeu ao líder histórico Ricardo Salgado na presidência do BES - ficou com as agências e trabalhadores do BES.