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Crise no Espírito Santo. ESFG admite exposição superior a 2,35 mil milhões

23 jul, 2014 • Sandra Afonso

Espírito Santo Financial Group "continua a requisitar a suspensão das suas acções" da bolsa nacional.

Crise no Espírito Santo. ESFG admite exposição superior a 2,35 mil milhões

A exposição ao Grupo Espírito Santo (GES) pode ultrapassar os 2,35 mil milhões de euros, admite o Espírito Santo Financial Group (ESFG).

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o ESFG diz que os pedidos de protecção de credores da Espírito Santo International (ESI) e da Rioforte podem vir a ter um "impacto negativo” na exposição da holding àquelas sociedades.

O ESFG “continua assim a requisitar a suspensão das suas acções, até que se possa avaliar com mais precisão o impacto desta exposição ao grupo GES.”

No início do mês, o Espírito Santo Financial Group tinha informado que a exposição total ao Grupo Espírito Santo era de 2,35 mil milhões, valor que pode agora aumentar. 

O ESFG revela ainda, em comunicado, que o supervisor da Suíça forçou o Grupo Espírito Santo a vender parte do Banque Privée. Os activos sob gestão dos clientes baseados em Portugal, Espanha e América Latina estão a ser negociados com um banco suíço, depois de o regulador daquele país ter estipulado que devia ser encontrado imediatamente um comprador para alguns dos activos.

As acções do Espírito Santo Financial Group saíram, na terça-feira, do PSI-20, o principal índice da bolsa nacional. A decisão foi tomada a nível internacional pela Euronext e justificada com o longo período de suspensão dos títulos, que dura desde o passado dia 10 de Julho.

O Espirito Santo Financial Group tem uma participação de 20,1% no Banco Espírito Santo (BES).