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Banco de Portugal obriga a cooptação de nova administração no BES

13 jul, 2014

Reunião marcada este domingo de emergência para colocar Vítor Bento na liderança do banco e tentar terminar com a crise na entidade bancária.

O Banco de Portugal convocou ainda para este domingo uma reunião extraordinária do Conselho de Administração do BES. A intenção do banco central é obrigar à cooptação da nova administração liderada por Vítor Bento e também composta por João Moreira Rato e José Alfredo de Almeida Honório.

Segundo o comunicado do Banco de Portugal, a cooptação será confirmada na assembleia geral do BES convocada para dia 31 de Julho.

O comunicado não informa a que horas se vai realizar esta reunião.

Este sábado, José Maria Ricciardi apresentou a demissão do conselho de administração do banco.

Leia na integra o comunicado:

"O Banco de Portugal determinou a convocação urgente de reunião extraordinária do Conselho de Administração do BES, a realizar hoje, para deliberar:

a)        A cooptação, na sequência das renúncias entretanto apresentadas pelos membros do Conselho de Administração do BES, dos seguintes membros propostos pela ESFG e apoiados pelo Crédit Agricole: Vítor Augusto Brinquete Bento; João de Almada Moreira Rato; e José Alfredo de Almeida Honório;

b)        A designação dos três membros cooptados para a Comissão Executiva do BES e, em conformidade com o consenso dos principais acionistas de referência do BES, indicação de Vítor Bento, João Moreira Rato e José Honório para exercício, respetivamente, das funções de Presidente da Comissão Executiva, Administrador Financeiro e Vice-Presidente da Comissão Executiva, neste último caso logo que aprovada a alteração do contrato de sociedade do BES conforme proposta pela ESFG no dia 11 de julho.

Esta cooptação será, conforme previsto, objeto de ratificação na Assembleia Geral do BES, convocada para dia 31 de julho.

O Banco de Portugal informa ainda que, tal como referido no comunicado divulgado a 20 de junho, aguarda que lhe seja submetido, para avaliação, o modelo de governo interno que venha a ser aprovado em Assembleia Geral Extraordinária. De modo a permitir uma avaliação positiva pelo Banco de Portugal, a Assembleia Geral deve assegurar que os membros a designar para o novo órgão societário são adequados tendo, designadamente, por referência os requisitos exigidos na lei para o exercício de funções de administração e fiscalização em instituição de crédito."

Lisboa, 13 de julho de 2014