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Comércio e construção civil na mira do Fisco

21 mai, 2013

Só nos primeiros três meses do ano, foram emitidas 900 milhões de facturas, superando as expectativas do Governo.

O Fisco já definiu as prioridades para este ano e decidiu reforçar o controlo no comércio a retalho e na construção civil. 

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, disse à Renascença que é preciso continuar o combate à fraude e evasão fiscal e revela quem vai merecer mais atenção por parte dos inspectores. “As áreas essenciais para este ano, em termos de inspecção tributária, são o comércio a retalho, a prestações de serviços e o comércio por grosso.”

“Dentro destas áreas, há um conjunto de sectores de actividade específicos. Refiro-me à construção civil, à promoção e mediação imobiliária, às actividades de auditoria, de contabilidade e consultoria, aos trabalhadores independentes, ao comércio de veículos automóveis usados e componentes, e outras actividades comerciais”, descreve o secretário de Estado.

Paulo Núncio revela ainda que o programa de emissão de factura superou todas as expectativas. Só nos primeiros três meses do ano, foram emitidas 900 milhões de facturas.

“Se há sector cumpridor é o da restauração”
O secretário-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) afirma que o sector da restauração está a cumprir as novas regras da emissão de facturas e pede por isso aos inspectores do fisco para baterem à porta daqueles que estão a fugir aos impostos.
 
“Se há sector - como diz a Autoridade Tributária – cumpridor, neste momento, é o sector da restauração”, defende José Manuel Esteves.

“Estamos à vontade, agora não fiscalizem os que estão de porta aberta a sofrer desesperados, quase para fechar a porta e já despedir os poucos trabalhadores que têm”, apela.

A AHRESP diz ainda que fez o diagnóstico à situação em 2011 e que já apresentou outras propostas de tributação.