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Cavaco Silva

"Penso no fim da 7ª avaliação como uma inspiração da Nossa Senhora de Fátima"

14 mai, 2013

Chefe de Estado defende que agora é preciso "pensar nas medidas de relançamento económico e de criação de emprego e no combate ao desemprego".

"Penso no fim da 7ª avaliação como uma inspiração da Nossa Senhora de Fátima"

O Presidente da República considera que houve intervenção de Nossa Senhora de Fátima na conclusão bem-sucedida da mais recente avaliação da "troika" a Portugal. "Eu penso [no fim da sétima avaliação] como uma inspiração - como já a minha mulher disse várias vezes - da nossa Senhora de Fátima, do 13 de Maio", disse Cavaco Silva no Porto.

O chefe de Estado sustenta que "foi tomada uma decisão muito importante" para o futuro de Portugal, que foi colocar "atrás das costas, finalmente, a sétima avaliação" e sublinha que "não se fala noutra coisa há quase um mês".

Para o Presidente da República, é preciso "pensar nas medidas de relançamento económico e de criação de emprego e no combate ao desemprego", argumentando que "isso é de facto o mais importante que temos neste momento" e que foi abafado pela discussão em torno desta última etapa com a "troika".

"E depois foi aberta a porta para a extensão das maturidades em sete anos, que é fundamental para que Portugal consiga regressar aos mercados", realça.

A sétima avaliação da "troika" a Portugal foi a mais difícil desde o início do programa de ajustamento. Durante este processo, quatro artigos do Orçamento do Estado para 2013 foram chumbados pelo Tribunal Constitucional, criando um buraco superior a mil milhões de euros nas contas públicas. Depois, o primeiro-ministro anunciou mais medidas de austeridade, incluindo uma nova taxa sobre as pensões que abalou a coligação.

A aprovação de uma nova tranche de ajuda a Portugal só foi consumada esta segunda-feira, 13 de Maio. O documento da sétima avaliação descreve que o Governo pode vir a adoptar no futuro uma nova taxa sobre as pensões, mas a medida deixou de ser obrigatória - na versão inicial era - e será usada em último recurso. Certo é que não está objectivamente excluída.